Monday, May 31, 2004

Quando eu era criança todo final ano tinha apresentação na escola, e todo mundo tinha que fazer umas dancinhas ridículas, ou cantar umas músicas imbecis e os pais iam ver, e era um saco. Todas as vezes a professora me colocava na primeira fila, e eu odiava, por que eu não queira fazer apresentação de espécie alguma. Daí eu queria ver os outros dançando, mas como eu estava na frente passava a apresentação toda olhando pra trás e as professoras odiavam isso. Então na quarta série eu quebrei o braço e não me apresentei, mas eu fui até a escola pra rir da cara dos outros. Na formatura da oitava série não tinha festa, só uma missa. Eu não fui. Tava muito quente e eu não queria vestir calça. Chamaram meu nome 3 vezes, e nada de Leo. No colégio que eu estudava tinha uma freira que a gente chamava de Bovina. Eu não lembro mais o nome dela. E a casa das freiras ficava na frente da escola, do outro lado da rua. Incontáveis eram os dias nos quais eu chegando na aula via padres saindo de lá de manhã cedo. Também tinha a Cida que era uma coordenadora que não era freira e tava sempre brava, ela tinha um apito e ficava apitando no nosso ouvido. Eu acho que a Cida não sabia sorrir, porque eu nunca a vi sorrindo. Sei que hoje ela tem um restaurante, mas eu tenho medo de ir lá, porque pode ser que se eu derrubar um grão de arroz fora do prato ela venha apitar no meu ouvido. Deve ser um péssimo atrativo apitar no ouvido de um cliente.

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