Thursday, July 08, 2004

Rogério era o nome dele. Usava calças de veludo roxas, e uma camiseta regada to Banco do Brasil. Amarela. Dessas que eles dão nos jogos de vôlei de praia. Trabalhava na prefeitura de Floripa. Motorista. Usava a caixa dos óculos escuros presa ao cinto. Se dizia baterista, baixista, guitarrista e cantor. Não é um personagem, Rogério existe. Nos meus tempos de estagiário da prefeitura, ele é que dirigia a parati que usavamos pra fazer as vistorias da iluminação pública. Quando estávamos na sala na prefeitura ele realmente não tinha ocupação, então ficava olhando os estagiários usarem o ICQ (na época nem existia Messenger). Daí quando chegava alguma mensagem ele fazia o favor de nos avisar:
- Chegou alguma coisa ali, acho que é pra ti, abre lá.
(Se eu estava sentado no computador, e estava conectado no meu ICQ, a mensagem não seria pra ele certamente.)

Era ligeiramente curioso. Dono da verdade (logo um texto sobre pessoas donas da verdade, feito sob encomenda) Rogério se metia em toda e qualquer explicação sobre eletricidade que precisávamos dar ao público. Só pra não me esqucer, quanto à parte musical. Enquanto íamos pras vistorias, o Rogério tocava todos os inrtrumentos imaginários que ele levava na parati. Baixo e guitarra, e a bateria, na qual o pedal de freio servia como bumbo e os espelhos retrovisores os pratos. Tudo com maravilhosas músicas sertanejas de fundo no rádio. Esse era Rogério, o motorista.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Oooiie!!!
Poxa...esse motorista realmente é "A" figura! rsrs
Seu Blog tá d+, como sempre!!
Boa Tarde!!
Bjiiiiim!!! =)


http://migroetaers.weblogger.terra.com.br

12:31 PM  

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