Thursday, March 03, 2005

Acabo de me pegar pensando algo divertido. A fama é uma "autorização" pra quase tudo. Afinal se o guardador de carros for preso com maconha vai mofar algum tempo na cadeia, já o garçon da novela das 20h pode fumar 3 Kg q paga uma fiança e sai livre. Entretanto isso é muito mais claro com escritores. (Não sou escritor e não pretendo sê-lo, me refiro a escritores de verdade, portanto o trecho que segue não é uma comparação.) Eu sempre odiei português, desde quando eu era um pequeno aluno da 1ª série primária, até depois do vestibular. Eu tenho um ódio especial por gramática e todas aquelas regras e blábláblá. Como eu passei 3 anos fazendo vestibular, e lendo os livros pra fazê-lo eu aprendi umpouco de literatura, e isso me fez odiar gramática com mais força. Por que o maltido Machado de Assis pode errar, e eles arrumam uma explicação, mas eu preciso saber o que é uma oração coordenada sindética? Parafraseando o Caio "é como um Live Super Trunfo". Sempre tem uma explicação. "Ah, mas aí o Machado usa uma metáfora prosopopéica do terceiro grau. O homem tem estilo." Só que se eu escrevo, tá errado. Agora, esse argumento seria apenas uma carta forte, o super trunfo se chama licença poética. A licença poética é desculpa pra tudo. Se o cara escreveu a pior bosta, errado gramaticalmente, fora de contexto, concordância e tudo mais que pode estar errado, e o professor não sabe o que falar, ele joga o super trunfo, e como sabemos, não tem como ganhar do super trunfo. "Ah, mas aí é licença poética."

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