Saturday, February 26, 2005

Acabei de ver o comercial da nova novela da Globo. América. Pra começo de conversa, acho que desde que eu sou criança já falam nessa novela. Tenho ouvido por meses sobre isso e nada de aparecer. Enfim apareceu. Até aí normal, é uma superpredução da Globo, o Projac é o Hollywood das novelas, tudo aceitável. E eu acreditava ser uma novela sobre imigrantes no século 19, como a Globo adora. Não, é atual. Mas não foi o tema da novela que me trouxe até o blogger pra escrever. O fato é: a Edileuza do Sai de Baixo é personagem. Na novela o nome dela é Consuelo, é uma mexicana que mora nos Estados Unidos da América e fala português do Brasil. Por que eu não deveria me surpreender? Afinal, na atual novela das 20h tem uma nordestina que fala com um sotaque que ela inventou, afinal, no nordeste ninguém fala daquele jeito, visse? Bom, sempre é bom lembrar, que se eu levar em conta a ficção, em todos os lugares do mundo se fala inglês (exceto Brasil e na pensão da Consuelo, onde fala-se português do Brasil). Vi Alexandre na outra semana e tava lá, na Macedônia se falava inglês, assim como na Grécia antiga, Babilônia, Egito antigo e Índia (antes da colonização pelos ingleses). Logo não será surpresa se eu for na vendinha da esquina comprar pão e for recebido com um "rau ari iul? uati do iul uanti?". E o funcionário falando comigo no melhor inglês do Brasil, como a propaganda do CCAA.

Friday, February 04, 2005

Há algum tempo pensada, depois amadurecida a idéia pra esse texto de hoje. Sim, voltarei a falar de algo que eu odeio, mas de uma forma um pouco diferente, logo serei melhor comprendido. Eu odeio a Xuxa, desde criança. No momento me concentrarei em falar sobre o programa imbecil que ela tinha quando eu era pequeno. Nunca pensaram em fazer um programa educativo, naquela época em que ninguém ligava se as crianças realmente estavam aprendendo algo de bom (leia-se período compreendido entre 1985-1992 aproximadamente).

XOU DA XUXA - Esse era o programa odioso. A seguir, tópicos elucidativos sobre cada faceta do programa.

Paquitas - Eram as "animadoras" de auditório. Não lembro o número exato. Creio que algo entre 5 e 10 loiras seminuas, mas com blusas de soldado e chapéus ridículos. Nunca entendi a necessidade de elas usarem shorts tão curtos (sem trocadilho) até por que não eram dançarinas do Tcham e sim "animadoras/babás" em um programa dito infantil.

Musicais - Inúteis. É a única conclusão que posso chegar. Eu me lembro de quando eu era criança e como eu me interessava só pelos desenhos. Achava um saco o Trem da Alegria, ou a Daniela Mercury. O fato é que o ponto alto dos músicais era a Kátia Cega, que ninguém se lembra mais e cantava a música "Não está sendo fácil". Deve ter sido música de trabalho dela por uns 4 anos.

Cenário - Sem comentários pra nave da Xuxa. Não cabia nem ela dentro daquilo, e ela ainda levava um "baixinho" por dia pra "andar na nave". Faça-me o favor. O resto do cenário era praticmente um parque de diversões feito de plástico/papelão prestes a se desmanchar.

Coitadinho - Todo dia iam duas ou três crianças deficientes lá no programa, e a Xuxa dava um beijo e se fingia de amiga das criancinhas. Apelo emocional total. Crianças propensas à depressão pensavem seriamente em suicídio nessa hora. E matava tempo que podia estar passando desenhos.

Dengue & Praga - Um era anão, e se vestia de tartaruga. O outro era um "mosquito" amarelo flourescente. Alguém pode me dizer se já viu mosquito de tal cor? Bom, acho que além de ser uma pergunta imbecil é irrelevante, levando-se em conta que o tal mosquito tocava com uma guitarra de papelão e era maior do que a Xuxa e o Praga. Se um mosquito é maior que um humano, a cor não faz a mínima diferença. Enfim, os dois personagens nunca serviram pra nada, nem falavam nada. Mas como creio que fossem pais de família era um bom emprego pra eles. Eram pagos pra serem coloridos na TV.

Brincadeiras - Sempre sem grande objetivo. As crianças escolhidas na hora ganhavam um "prêmio". Os "prêmios" nunca eram grande coisa. As brincadeiras se resumiam a alguma coisa qualquer que envolvesse sujar as roupas e voltar pra casa lambuzadas. No final ainda era padrão mandar "um beijo pro meu pai, pra minha mãe e pra você".

Isso era o programa que ofereciam às crianças (quando eu era uma) todas as manhãs. Hoje existe o TV Globinho. Já repararam? Não tem platéia. Não tem quase cenário. Não tem Paquitas, Dengue ou Praga, nem brincadeiras. A quase totalidade do programa é preenchida por desenhos. Por fim as apresentadoras são jovens, bonitas, e não estão vestidas como meretrizes. Já não se fazem programas infantis como antigamente.

(listening - Beatles - One After 909)


Tuesday, February 01, 2005

A maior idiotice da humanidade foi criar o dinheiro. Dinheiro é imbecil e infantil. Sim, como uma grande brincadeira. Eu te dou esse papelzinho escrito cinqüenta reais e vc me dá o produto que eu desejo. Na prática é isso, ou alguém aí acha que aquilo tem valor. Seria mais proveitoso se hoje ainda vivessemos de escambo.

- Te dou sete galinhas por um porco.

- Faz assim então, eu pinto a sua casa e você me arruma uma guitarra.

Eu acho mais justo, protutos por produtos, produtos por serviço, serviço por produto, serviço por serviço, e a vida segue. Sofreriamos menos com a ambição. Afinal pra que alguém gostaria de ter dois milhões de galinhas pra trocar, nem todos iriam querer galinhas em troca. A vida seria muito mais simples assim, e as pessoas mais felizes. Outra vantagem é, como falsificar uma galinha, ou porco, ou uma bacia de maçãs? Moeda é falsificável, o dinheiro corrompe o homem. Como um político roubaria sem chamar atenção? Pondere, o que você tem de valor material são números, nem papel é, pois provavelmente está em um banco. O que você tem como meio de sustento são meros caracteres na telinha de um caixa eletrônico. No fim, se você tem muitos caracteres ainda se acha importante, sapecão.

(listening - Led Zeppelin - Moby Dick)