Friday, November 26, 2004


Nunca fui o melhor dos alunos. Até a quarta série até era razoável e nunca tinha ficado de recuperação. De lá pra cá não acredito em passar direto. Então seguindo algo que aprendi ao longo dos anos, lanço um "faça você mesmo" (ou NÃO faça você mesmo). Com a colaboração do Caio, seguem os passos essenciais pra se levaruma boa vida acadêmica, se tratando de trabalhos em grupo, sem aquele stress do final de semestre:


1º - Demonstre competência para ser aceito em algum grupo. Dependendo de sua habilidade nesse quesito pode ser que mais de um grupo dispute seu nome na capa do trabalho.


2º - É um passo difícil, mas mascare a imagem de competência, para que não lhe sejam delegadas funções no grupo. Funções aceitáveis são coisas do tipo "eu tenho um amigo que manja isso, vou ver se ele faz pra gente". O segredo não é ser bom em alguma coisa, é conhecer quem seja.


3º - Pergunte periódicamente sobre o andamento do trabalho, no que pode ajudar. Pergunte especialmente àqueles que fazem o trabalho praticamente sozinhos, para uma resposta negativa em relação à ajuda.


4º - Sempre se utilize de meios de comunicação que te permitam ter como escapar, como telefone, instant messenger ou email.


5º - Tenha desculpas na manga mesmo que a situação pareça completamente inofensiva.


Esses passos, se seguidos com atenção podem levar você à uma graduação, só não garantimos pós, mestrado, doutorado é Ph. D por que não são aceitas teses em grupo. Alguns mistérios envolvem a nobre arte de entrar pra grupos e não fazer os trabalhos. Como as pessoas não percebem que você não fez? Por que aceitam que você contribua somente com o nome na capa? Esses mistérios não serão elucidados, pelo bem desta distinta atividade.


Thursday, November 25, 2004

Rotina, volta às aulas e os adultos

Como pude cair na rotina e escrever sobre meus dias aqui? Cuspi pra cima, tá aí, caiu na testa. Eu que já critiquei quem fazia isso nesse mesmo blog. Me sinto agora como um engenheiro da NASA, que passou anos projetando uma caneta que escreve no espaço, enquanto os russos usavam lápis. Faculdade é um negócio engraçado, termina o semestre e você já sabe que no próximo a turma vai ser a mesma. Eu lembro quando era pequeno que vivia intrigado no final das férias pra saber quais as pessoas estariam na minha turma, quem viria de outros colégios e tal. Atualmente a diversão do começo de semestre são os calouros. Acho que por isso que a maioria das pessoas fica mais chata quando fica adulto, a vida vira uma rotina enorme e as pessoas se acomodam. A diversão é falar de trabalho e negócios. Isso não é divertido, em todo caso, cada um com sua vida.

p.s.: Esse é o primeiro escrito com título.

(The Who - We're Not Gonna Take It; não estou enganado, não é Twsted Sister, é The Who mesmo, é outra música.)


Monday, November 22, 2004

Enfim um final de semana massa. A semana não vai ser das piores, acredito eu, apesar de ter um trabalho e uma prova pra terça, mas já tá tudo feito, dever de casa cumprido. Então na semana passada eu tinha descoberto um bom programa na Atlântida, que é pop ao extremo, achei sensacional ter ouvido Rock And Roll, do Led, e Bohemian Rhapsody, do Queen no Rádio. Só que hoje passou do sensacional, eu diria que foi...estupendo. Eu liguei o rádio tava tocando Doors, L.A. Woman, então na seqüência, o ponto alto do programa, tocou T. Rex, Children of the Revolution. E eu que achava que só eu ainda ouvia isso. Boa surpresa pra um domingo que nem pareceu domingo, eu nem tive aquela sensação clássica de domingo. Sem mais por hora.

p.s.: O Ariel detonou ontem cantando Paranoid.

(so som de Casa das Máquinas - Sanduíche de Queijo)


Sunday, November 14, 2004

Me pego pensando. Queira saber escrever boas músicas. Nada complexo como Led ou Purple, somente boas músicas. Algo como Who ou Stones me deixaria satisfeito. Rock simples e divertido. Então os planos pro meu final de semana deram errado. Nada de acampar. A chuva atrapalhou, mas assim que decidimos desistir da idéia abriu o sol. Agora é tarde. Acho que quase todas as pessoas que eu conheço estão viajando, então será um final de semana em casa, basciamente. Pelo menos alguns permanecem em Floripa e dá pra tentar inventar alguma coisa pra se divertir. No mais, trabalho de Patologia pra terminar, trabalho de Fisiologia do Exercício pra terminar, prova de Eletroterapia pra estudar, mas isso não é hora de pensar em CEFID. Vou buscar o violão.

(ao som de Rolling Stones - It's only rock and roll (but I like it) )

Friday, November 12, 2004

Saindo da UDESC eu vi uma novidade hoje. Colocaram lá na entrada principal um buffet de abaixos assinados do PSTU. Sim, abaixos assinados em Self-Service. Quatro carteiras enfileiradas, uns papéis informando do que se tratava, escrito "Abaixo-assinados" e um cara com a camisa do PSTU lá pra prestar qualquer serviço. Pois ontem vi o programa do Jô. Tinha um Ufologo lá. Nâo que eu acredite nos ETs, mas o ponto em questão é outro. O cara mostrava-se prestativo em esclarecer dúvidas, e levava na boa as risadas do público. O fato é, o Jô não deixava o cara falar, e tirava sarro do fato de o cara acreditar naquilo sendo irônico. E reclamava dizendo que o cara não respondia às perguntas, quando o cara ia responder ele falava que o cara fala demais e tava sem tempo. Bom, só mais um breve comentário sobre o gordo, hoje ele entrevistou um menino vestido de cowboy que é velho, muito divertido, cantava e tudo. Agora amanhã não tem aula, isso me deixa feliz, exceto pelo fato de ter um trabalho enorme de Patologia e outro de Fisiologia do Exercício pra fazer, mais cento e vinte páginas de Eletroterapia pra estudar. Como são belos finais de semestre.

(listening, Naked Eye - The Who)

Tuesday, November 09, 2004

Esqueci de alguns fatos, e surgiram novos, portanto, estou novamente aqui. Acabou de passar na TV que morreu um cara baleado numa favela no Rio (novidade), o cara era do grupo Cem por Cento. Eu me recuso a dizer qual o estilo músical do grupo, por ser evidente. Então, além de o cara tocar num grupo com esse nome, tocar o estilo musical que tocava, e falecer, é hostilizado pela apresentadora do jornal. "O pagodeiro morreu..." disse ela. Falando em morte eu me lembro que hoje morreu um cachorro na esquina de casa e quando saí pra faculdade depois do sono tinha três urubus se servindo do pobre animal. A cena daria uma boa foto.

p.s.: Hoje eu vi uma ruiva, de all star.

E

Florianópolis, 9 de novembro de 2004. Aqui estou eu mais um dia. Sob o olhar sangüinário...não. O dia de hoje foi esquisito. Começando pelo começo...não, não, pelo começo é chato, não gosto dessa linearidade. Daí eu cheguei na UDESC e não teve aula de Farmaco (o que é ótimo) e fizemos o trabalho de Patologia pra dar uma adiantada nas coisas. Tá, admito que começamos meio de repente, mas ate o final vai dar pra entender. Fiz a prova de Patologia e não foi lá essas coisas, ainda bem que fiquei na média da turma. De manhã tive na musculação como de costume. TInha um velho lá, que não sabe dividir os aparelhos, acho que ele pensa que paga a mensalidade pra usar a academia sozinho. Qualquer dia vou explicar pro tio que aquilo não é alugado pra ele. Quando estava me acalmando e conseguindo fazer minha série aos trancos e barrancos surge o comentário mais infeliz do dia. Ao cver na TV o WCT ao vivo o cara na esteira fala pra namorada: "Esses caras dão um banho." Fantástico, nada mais imbecil pra se dizer. Pensando que se trata dos 44 melhores surfistas do mundo, espera-se que eles realmente surfem bem, em todo caso meu dia seguiu. Cheguei atrasado na aula de Fisio Geral II. Entrei na sala, assisti 5 minutos de aula e ganhei presença, bem lucrativo isso. Almocei e ia pra aula de Cinésio, mas por algum misterioso motivo me deu vontade de ficar dormindo. Dúvida cruel que me consumia, aula ou sono? Até que misteriosamente (pela ação do vento) a porta da sala se fechou aqui em casa, trazendo a penumbra. Achei que era uma resposta pra minha dúvida. Dormi. Somente levantei pra ir até a UDESC assistir aula de Farmaco, mas já sabemos o que aconteceu. Agora tô aqui com o Barba Azul escrevendo esse texto.

Monday, November 08, 2004

Daí hoje eu fui com o Fu e o Tiago na exposição de carros no Shopping Beiramar. Circo. É a única palvra que define aquilo. Parte técnica: legal, alguns carros antigos, alguns carros que se vê na rua, e alguns carros imbecis como os donos. Tinha inclusive um Porsche 911, carro dos meus sonhos desde sempre. O mais divertido disso tudo era o público. Milhares de pessoas vindas dos cantos mais obscuros (leia-se Palhoça, Biguaçú e derivados) da Grande Florianópolis. Caras arrastando pela mão namoradas que não queriam estar lá, crianças gritando enquanto um alto falando anunciava que "Manolo" estava perdido, e eu rindo muito. Sexta eu tinha dado uma volta na Lagoa, definitivamente o lugar mais legal de Floripa. Fui lá com o Tiago que ele queria tirar umas fotos e tal. Foi divertido também, até que tava cheio pra um final de semana fora de temporada. Só acho inaceitável o que eu vi. Uma pizzaria que vende porções, mas não só porções, só vende se vc quiser refeição. Fica pior. Queríamos tomar um mísero chopp, e adivinha? Além de só ter chopp Brahma, só com refeição. Não, vc não pode ir lá e só tomar um chopp, tem que comer. Enfim, coisas que só se vê em Floripa.

Friday, November 05, 2004


Antes de mais nada meu computador tá de complô contra mim. Primeiro tá com cianose na tela, agora ele caiu duas vezes a conexão. Isso é estranho, mas o fato é que, reiniciei duas vezes. Em uma dessas vezes vejo a abertura do programa do Jô. Incrível, ele faz aquela dancinha de gordo (nada contra os gordos) dele, sem mexer os pés e fica cansado. Como ele se cansa de sacudir os braços por dois minutos? Ele tava ofegante e tudo mais. Fechando o assunto dele, ontem teve uma entrevista legal com a Cachorro Grande, banda gaúcha. Daí eu fui lá na Joaquina ver o WCT. É legal, os caras são bons mesmo e tal, mas também não são heróis. Sentei lá na areia e não via nada, até descobrir que eles tavam surfando mais pro lado, quando fui pra lá passei por alguns dos caras que tão competindo, Kelly Slater, Andy Irons e tal. Completando meu dia (na verdade foi no começo, mas beleza) tive aula de Radiologia, divertidissimo. As meninas que tinham ido pra jornada em Joinville fizeram prova hoje. Bizarro, o cara aplicou prova com as três ao mesmo tempo em que dava matéria pro resto da turma. Eu queria ter feito prova de segunda chamada também, só assim não teria tirado a nota que tirei.

(ao som de Dogs, Pink Floyd)


Tuesday, November 02, 2004

Eu sei que muita gente sente isso, mas quem lê isso aqui vai me entender, porque me conhece. Sinto saudades daquilo que não vivi, não sei explicar o motivo, mas é assim que acontece. Eu tenho saudades dos anos 70 mesmo tendo nascido em 1981. Quanto a música eu nem entro no mérito da questão, porque depois deles o rock morreu. As roupas eram massa, muita coisa era mais legal. O que não era legal era a ditadura e tal, pelo menos por aqui. Depois, entre as coisas que eu vivi, só o que eu sei é que muita coisa parecia mais legal quando eu era criança. Boa parte das coisas que eu lembro nem existe mais, ou foram "modernizadas" e perderam totalmente a graça que tinham. Engraçado isso, será que se eu tivesse a idade que eu tenho, em 1972 eu pensaria assim ou acharia tudo legal? A música eu acharia legal sim, mas e o resto? (to be continued...)

Ontem me falaram uma coisa que me fez pensar. Será que os amigos imaginários são realmente imaginários? Ou será que eu sou imaginário e o Osni é que é real e eu sou amigo dele. Isso é uma questão importante. Será q eu existo, ou tudo isso é imaginário? É divertido pensar sobre isso, e se todos somos amigos imaginários de alguém que nos encontramos no inconsciente coletivo? Quanto aos amigos imaginários que desaparecem, isso é explicavel, mas não tenho como provar. Uma forte hipótese é que eles se tornam pessoas reais, mas não há estudos comprovados.

E cada vez mais eu me impressiono com a minha capacidade de falar bobagem.