Thursday, June 29, 2006

Impressionante o efeito que uma hora sobre um skate pode fazer sobre o meu futuro acadêmico.

Wednesday, June 28, 2006

O SBT hoje chegou a um alto nível de tosquice e vai ser capaz de passar na mesma madrugada "Uma dupla quase perfeita" e "Benji", dois filmes de cachorro. Eu odeio filmes de cachorro.

Tuesday, June 20, 2006

Bom, agora eu fiz um friendtest, acho que pouca gente ainda lembra disso, mas enfim, tá linkado ali do lado. Quem quiser conferir e ver se tem as manhas mesmo dos meus gostos dá uma olhada.

Sunday, June 18, 2006

Hoje Sir Paul McCartney faz 64 anos. "When I'm 64" toma todo um novo significado depois disso, e a música esscrita ao pai dele se torna totalemnte aplicável ao segundo Beatle mais legal de todos. Ele não perdeu tanto cabelo quanto achava, e até que tá em forma pra um cara dessa idade. Esse é um velhinho tão legal quanto a música, tão legal quanto eu quero ser when I'm sixty four.

Friday, June 16, 2006

Comprei um casaco igual àqueles uniformes de colégio de quando eu tava no primeiro grau. Cada vez que eu tô vestido com ele e me olho no espelho me volta a imagem de quando eu estudava, ou daqueles atletas olímpicos dos anos 80, e isso não é necessariamente ruim. Aliado ao casaco me vem a mente muitas outras coisas, como o fato de quase todos meus amigos da minha idade estarem casados ou em vias, eu ainda só estudar, eu jogar bola quase toda semana, andar de skate e assistir desenhos animados e filmes de sessão da tarde (muitas vezes faltando aulas da faculdade pra assistir à própria, quando o filme é um clássico imperdível que eu já vi pelo menos doze vezes). Tipo, eu devia ser adulto no auge dos meus quase 25 anos, mas eu prefiro a versão Leo com 16 anos que eu vneho mantendo há algum tempo, e pretendo levar mais alguns anos antes de completar 17.

(listening to I Don't Want to Grow Up - Ramones)

Wednesday, June 07, 2006

Em tempos de Copa do Mundo de Futebol, pela primeira vez coloco aqui um texto que não é meu, mas tá devidamente creditado. Como diz ali embaixo, escrito por um tricolor, mas pra ser lido por Rubro-Negros.

"FLA-FLU (texto obrigatório, escrito por um Tricolor....)
Quatro a três Por Claudio Lampert

Foi dose. Nós fomos até lá. Estávamos lá dentro, naquele calor infernal.
Ontem o meu filho Daniel começou a descobrir que existem duas coisas nesse mundo. Uma, é o futebol. A outra, é o Fla-Flu. Descobriu que esse adversário odiado é mais do que um simples time de futebol. É um time de futebol seguido por uma orda de loucos fanáticos, que se agrupam e fazem gol.
Entram em campo e fazem gol. Fazem o segundo, o do empate e o da virada.
Numa única tacada ele descobriu o medo e o respeito que se deve ter dessa instituição e desse jogo, clássico de apelido garboso, colorido interminável e lotado de almas fanáticas. É coisa para gente grande.
É jogo para quem tem o coração tingido dessas cores. De grená, verde, preto, vermelho e do branco que acompanha esse arco -íris.
O ar que se respira no estádio é diferente, a atmosfera é diferente. Tudo muda quando você chega na Praça da Bandeira ou cruza a Zona da Leopoldina em direção àquela maçaroca de concreto. Um aglomerado velho e obsoleto, sem conforto ou segurança. Mas que vicia. Nos deixa dependentes dele e de seus mistérios e dogmas. É. O Maracanã tem dogmas. E não são poucos. São sérios o suficiente para fazerem de seus jogos eternos eventos com ares de seita. Com rituais próprios, cânticos específicos, liturgia. E consagração.
Lá a gente aprende desde cedo que o jogo só termina quando acaba (it is not over until it is over, dizia o astro do baseball, Yogi Berra). E eu andava meio esquecido disso.
Logo na chegada, quando descíamos o Oduvaldo Cozzi a pé, com o calor escorchante se despregando do asfalto, eu senti a atmosfera oblíqua.
Olhei pelo viaduto abaixo, me desviando de cambistas e flanelas, e enxerguei o capitão Belini erguendo a taça. Sempre cercado pelo burburinho da esperança. A meia hora do pontapé inicial, cada um nós se aproxima do portão com esperança saltando pelos poros. O menino de sete anos beijava o seu cordão sagrado, com a camisinha tricolor dependurada num barbante preto sebento. Olhávamos um tumulto nas bilheterias e a Raça Rubro Negra chegando pelo lado da Radial Oeste. Gente por todos cantos. O gesto dos punhos cerrados e cruzados ao alto e o prenúncio de arrastão. Esse é o grande contraste dessa minha vida de pequeno burguês. Pequeno burguês até na escolha do time de coração. Time que provoca engarrafamento no Rebouças, quando enche o Mario Filho, e fila nos restaurantes da Zona Sul depois dos seus jogos.
É só nesse dia de Fla-Flu que eu enxergo o contraste que existe entre as patricinhas sem sutiã da torcida tricolor e a tropa de marginais guerreiros da Raça Rubro Negra e da Torcida Jovem. Um abismo social. Do ambiente de clubinho direto para a vida-como-ela-é. Um pânico de mais de trinta anos. A língua incha dentro da boca e o medo me surrupia a nesga de esperança. A baixa-estima da elite quando se perde em meio ao nada. Ir a esse clássico é estar perdido no meio do nada. Subir a rampa nos Fla-Flus é sempre um constrangimento. Um exercício de mau gosto. Mudar de lado por ser menos numeroso. Por ter sido invadido em priscas eras, quando tomaram nosso lugar à força e nos mandaram para o lado direito das cabines de rádio.
Explicar para um menino o porquê de naquele dia - só naquele dia, em mais nenhum outro - ter que virar para a esquerda, no sentido horário, é sempre uma pequena revolta. Ter que ver o jogo sentando naquelas faixas de concreto que abrigam bundas vascaínas é falta de higiene. Um desgosto que me acompanha desde criança, quando fui rampa acima ver o meu primeiro Fla-Flu, em 1977 (1x1).
Ontem, os deuses desse jogo se alojaram naquelas arquibancadas desde cedo.
Pintaram e bordaram com as duas nações. Com 19 minutos do segundo tempo eu estava trepado na divisória entre as cadeiras amarelas e as brancas (o módulo central, que mistura as duas torcidas), fazendo o sinal de acabou com os braços, chamando um cara do outro lado de corno e entoando o famoso "ela, ela, ela, silêncio na favela". Era o terceiro gol do gigante Rodolfo.
Doze minutos depois, a favela vinha abaixo com seus gritos de guerra. E eu descia a rampa em ritmo acelerado, com um nó na garganta, cumprimentava o grande Belini e entrava no primeiro táxi que vi pela frente.
O menino pedia para ficar. Se lembrava de um jogo com o Santos em que saímos
1 minuto antes e o time cavou um empate fantasma aos 48 do segundo tempo. Eu olhava fixo para a Avenida Maracanã de dentro daquele Santana velho.
O taxista insistia em dizer que achava o estádio muito perigoso e que não gostava de futebol. Mas pedia detalhes do jogo e mantinha dialogo com a frustração escancarada do meu pequeno Daniel. Eu nunca tive medo dessa trupe. Nunca mesmo. Mas que é diferente, é. Os outros sempre foram fregueses. Sempre foram engolidos. Mas esses não. Peguei os piores momentos da história desse jogo, quando tínhamos que ir a campo ver Artur Antunes, Leovegildo, Leandro, Tita & Cia. Chegamos a enfrentar isso aí com times absolutamente medíocres, de zezés, galaxes e robertinhos. E eu nunca tive medo. Mas sempre existiu uma coisa que me deixa perambulando entre o mistério e o pânico. Aliás, não é "coisa" coisa nenhuma. É metafísica. É o Sobrenatural de que tratava Nélson. É perturbante. É aquela massa uniforme pulando do outro lado. 23 minutos, 1x3, e eles não paravam de pular; ninguém saía do seu aperto; ninguém ia embora. Eles nunca vão embora. Eles nunca arredam o pé.
Eles não se sentam, não param de gritar. Eles não sossegam. Me perseguem, me sufocam, me habitam os pesadelos e me causam pânico. Quando eu olho para o outro lado é isso que eu sinto. Eles acreditam mais do que os outros. Mais do que eu e todos os outros juntos. E disso, meus caros, eu me borro de medo. Eles jogam com 12. E jogar com 12 deveria ser proibido. Deixar Felipe andando de um lado para o outro, desfilando o seu repertório de categoria e classe, foi uma imprudência. E o jogo foi um jogo para a história.
Dentro do táxi, uma frase de uma criança de sete anos ficou estalada no meu tímpano: "papai, eu tenho nojo deles".
Eu também tenho. É só o que posso dizer hoje. Mas se não fossem eles essa mágica não existiria."


Ok, eu sei que o jogo foi há mais de dois anos, mas só agora eu reencontrei pra colocar aqui, e também, não é um texto sobre UM jogo.

(listening to Upside Down - Jack Johnson)

Momento Cultura:

Você sabia, que há 1512 anos, no dia 7 de junho de 1494, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas?

(listening to Que Loucura - Odair José)

Tuesday, June 06, 2006

Problema de probabilidade da semana:

Leo chega no banco e todos os caixas automáticos estão ocupados por velhinhos que não sabem usá-los. Na frente de Leo há ainda três ou quatro velhinhos potencialmente inaptos para a utilização dos caixas. Qual a probabilidade de o evento se repetir, em um período menor do que duas observações consecutivas do cometa Halley?

(listening to Technicolor - Mutantes)

Hoje eu recebi um email de mim mesmo, e eu não sabia que eu tinha mandado. O assunto do email dizia "455" e o texto dizia "969". Poucas coisas podem fazer menos sentido do que isso.

(listening to Love Me Till The Sunshine - The Kinks)

Friday, June 02, 2006

Então eu saí numa quinta-feira pra ver o Lenzi Brothers e tive uma grata surpresa. Hà tempos eu esperava ver cosa caras e achava que seria mais uma banda normal. Nada disso. Qualidade muito acima do esperado e repertório impecável. Abriram improvisando sobre uma base que confesso não conhecer, mas depois largaram Little Wing, Crossoroads e algumas outras, impecáveis. Mesmo os problemas na Fender Mustang e troca por Gibson Les Paul não comprometeram as 5 ou 6 músicas apresentadas. Então sobem ao palco os Blackbirlds. Eu achava que era cover de Beatles pelo nome, mas acreditava ser cover de Beatles. Eram cover de BEATLES. Mandaram uma atrás da outra, I Saw Her Standing THere, Rock and Roll Music, Something, With a Little Help From My Friends, One After 909, só sonzeira. Só ficaram devendo Helter Skelter, na minha humilde opinião relatada aos membros da banda. Aliás, membros das duas bandas muito gente fina, trocaram idéia comigo e com o Lelé até o Drakkar fechar. Lembrando que durant todo o hshow devia ter umas 10 pessoas e eu e o Lelé eramos os únicos de pé, com certeza valeu os 7R$ por pessoa pagos. Era isso. Lenzi Brothers e Blackbird, quem não foi, perdeu. E tenho dito.

(Listening to Eight Days a Week - Beatles)

p.s.: E esperava que eu estivesse ouvindo o que depois de ver esses caras tocar?